Escola Municipal Cel. Durival Britto e Silva

Escola Municipal Cel. Durival Britto e Silva
Escola Municipal Cel. Durival Britto e Silva - 23/05/2014 - Alessandra Ferreira Ramos

sexta-feira, 23 de maio de 2014

MATA ARAUCÁRIA

Originalmente as Matas de Araucárias se estendiam entre os Estados do Rio Grande do Sul e Paraná, com incidências em áreas esparsas de São Paulo e Minas Gerais em regiões altas e de clima úmido, baixas temperaturas e geadas frequentes, fazendo parte do domínio da Mata Atlântica. 


Foto tirada por Alessandra Ferreira Ramos
 Universidade Livre do Meio Ambiente 
 30/12/2011




Além da presença do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifólia) espécie que se destaca, a erva-mate (llex paraguariensis), a imbuia (Ocotea porosa), ipês (Handroanthus albus/ Cybistax antisyphilitica), samambaiaçu (Dicksonia sellowiana), juntamente com outras plantas, formam uma Floresta Ombrófila Mista. 90 % já foram desmatada. Restam apenas de 1 a 3%, destes 0,22 % estão sob proteção. Os principais fatores que conduziram à tamanha degradação foram a ocupação urbana, a extração de madeira e a agropecuária.

BIOMA DA CIDADE DE CURITIBA

O Brasil é um país que inclui muitos tipos de paisagens. De maneira geral, há oito grandes ambientes, universos biológicos dentro do território brasileiro, os biomas. Cada bioma tem seus ciclos, sua lógica, seus animais e plantas, seu regime de águas.
O bioma em que a cidade de Curitiba está localizada, é a Mata Atlântica com Araucárias. 
Foto: Alessandra Ferreira Ramos
Jardim Botânico
03/09/2007

PINHEIRO ARAUCÁRIA

O pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia) é a espécie que se destaca na Floresta Ombrófila Mista. O pinheiro associa-se a outras espécies da Floresta Pluvial Atlântica, dando origem a variadas comunidades florestais mistas. 
O pinheiro pode atingir até 50m de altura, produzindo sementes comestíveis, conhecidas como pinhões, e tem seus ramos distribuídos em  torno do tronco central. Com folhas em formato de espinhos, uma adaptação à perda de água, sua forma é única na paisagem, parecendo uma taça ou umbela.
Por existir pouca diversidade florística, devido ao clima frio, e à alelopatia (inibição do crescimento de outras plantas próximas, fato comum em pinheiro), as araucárias sobressaem, ficando isoladas, o que torna extremamente fácil a sua localização e extração, fato que as colocou à beira de extinção.
Por mais de 100 anos a mata dos pinhais alimentou a indústria madeireira do sul. O pinho, madeira bastante popular na região, foi muito usado na construção de casas e móveis. Levando a espécie a lista das ameaçadas de extinção, trazendo consigo inúmeras outras, que dependem desta. Assim como diversas espécies de roedores que se alimentavam do pinhão, aves e insetos. O que resta está confinado a áreas de conservação ou preservação.  
O pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), espécie integrante da Floresta Ombrófila Mista, é protegida pela legislação ambiental (Portaria Normativa IBAMA DC 020/1976) e pela Lei da Mata Atlântica (LEI Nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006).
Devido à erva-mate (llex paraguariensis) se beneficiar da alelopatia da Araucária (Araucariaangustifolia), a produção de pinhão, junto com erva-mate, pode ser a solução para proprietários de terra com Mata de Araucária, protegida por lei ambiental, para sustentabilidade econômica. Possibilitando a conservação de diversas espécies da fauna e da flora que a integram.



Foto: Marcélia Silva Percegona
Jardim Botânico
23/04/2014




ERVA-MATE

A erva-mate (Ilex paraguariensis) da família Aquifoliaceae , é uma espécie que cresce na Mata Araucária (Floresta Ombrófila Mista), um ecossistema associado à Mata Atlântica. A denominação erva-mate é utilizada tanto para a árvore como para as suas folhas.  Sua árvore pode atingir mais de oito metros de altura. O caule é curto e cinza e as folhas são ovais e coriáceas. O fruto é pequeno e pode ser verde ou vermelho-arroxeado. Com o passar dos anos, a queda na produtividade dos ervais nativos deram origem aos adensamentos e aos plantios. Mas a exploração intensiva da planta nativa continuou, por vezes levando ao declínio na produtividade das plantas e, em casos extremos, à degeneração e ao desaparecimento deste importante recurso natural. 
A erva-mate também é uma espécie-chave na composição de Sistemas Agroflorestais no Sul do Brasil, juntamente com a araucária. Em perfeita sintonia, araucárias e erva-mate vivem, naturalmente, lado a lado na mata e se ajudam. Enquanto as primeiras, mais altas e robustas, buscam a luz do sol, o mate aproveita a área sombreada que se forma abaixo das copas para se desenvolver, desfrutando ainda de um solo constantemente adubado pelas folhas, ramos e galhos das árvores que vão caindo e, pouco a pouco, se transformando em fertilizantes naturais para o solo. Tal sistema possibilita a conservação de diversas espécies da fauna e da flora que integram a Floresta Ombrófila Mista.
O cultivo da erva-mate orgânica traz um diferencial na produção e na qualidade do produto. A exploração sustentável, além de garantir a continuidade da espécie, tem enorme potencial comercial em relação aos ervais. A sustentabilidade e seus benefícios abrangem aspectos ambientais, sociais, políticos e econômicos.





Foto: Alessandra Ferreira Ramos
Lapa-PR
agosto/2012

quinta-feira, 22 de maio de 2014

SAMAMBAIAÇU - XAXIM



O samambaiaçu (Dicksonia selowiana) é uma planta típica da Mata Atlântica, com maior área de ocorrência na Mata Araucária (Floresta Ombrófila Mista), pertencente à divisão Pteridófilas (Pteridophyta) e à família Dicksoniaceae, popularmente conhecida como xaxim.
É uma árvore que apresenta um crescimento lento. Tem folhas grandes localizadas no topo do tronco da árvore, gosta de sombra, umidade, solos baixos e ricos em matéria orgânica.
O xaxim está na lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção (IBAMA), em razão da sua intensa exploração comercial destinada à jardinagem e floricultura. Sua exploração decorre pela matéria prima retirada do tronco usado como decoração, suporte, substrato para as mais diversas plantas epífitas, como orquídeas, bromélias e outras samambaias. Devido ao crescimento lento do samambaiaçu (4 à 8 cm por ano) são utilizadas muitas espécies desta bela planta ainda jovens, pois para um vaso de 50cm de diâmetro, é necessário um samambaiaçu com cerca de 50 anos.
No ano 2000, o IBAMA criou o Grupo Técnico de Conservação de Pteridófilas, com a participação de especialistas do governo e das universidades federais de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. A principal meta era estabelecer formas sustentáveis de exploração da espécie.
Desde 24 de maio de 2001, o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), criou a resolução n. 278, que determina em seu Artigo 1 a proibição do corte e exploração dessa espécie ameaçada de extinção em populações naturais do bioma Mata Atlântica.