O pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia)
é a espécie que se destaca na Floresta Ombrófila Mista. O pinheiro
associa-se a outras espécies da Floresta Pluvial Atlântica, dando origem a variadas
comunidades florestais mistas.
O pinheiro
pode atingir até 50m de altura, produzindo sementes comestíveis, conhecidas
como pinhões, e tem seus ramos distribuídos em torno do tronco central. Com
folhas em formato de espinhos, uma adaptação à perda de água, sua forma é única
na paisagem, parecendo uma taça ou umbela.
Por existir
pouca diversidade florística, devido ao clima frio, e à alelopatia (inibição do
crescimento de outras plantas próximas, fato comum em pinheiro), as araucárias
sobressaem, ficando isoladas, o que torna extremamente fácil a sua localização
e extração, fato que as colocou à beira de extinção.
Por
mais de 100 anos a mata dos pinhais alimentou a indústria madeireira do sul. O
pinho, madeira bastante popular na região, foi muito usado na construção de
casas e móveis. Levando a espécie a lista das ameaçadas de extinção,
trazendo consigo inúmeras outras, que dependem desta. Assim
como diversas espécies de roedores que se alimentavam do pinhão, aves e insetos.
O que resta está confinado a áreas de conservação ou preservação.
O
pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia),
espécie integrante da Floresta Ombrófila Mista, é protegida
pela legislação ambiental (Portaria
Normativa IBAMA DC 020/1976)
e pela Lei da Mata Atlântica (LEI Nº
11.428, de 22 de dezembro de 2006).
Devido à erva-mate (llex paraguariensis) se beneficiar da alelopatia da
Araucária (Araucariaangustifolia), a produção de pinhão, junto com erva-mate, pode ser a
solução para proprietários de terra com Mata de Araucária, protegida por lei
ambiental, para
sustentabilidade econômica. Possibilitando
a conservação de diversas espécies da fauna e da flora que a integram.
Foto: Marcélia Silva Percegona
Jardim Botânico
23/04/2014
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