O
samambaiaçu (Dicksonia selowiana) é uma planta típica da Mata Atlântica, com maior
área de ocorrência na Mata Araucária (Floresta Ombrófila Mista), pertencente à divisão Pteridófilas
(Pteridophyta) e à família Dicksoniaceae, popularmente conhecida como xaxim.
É
uma árvore que apresenta um crescimento lento. Tem folhas grandes localizadas
no topo do tronco da árvore, gosta de sombra, umidade, solos baixos e ricos em
matéria orgânica.
O
xaxim está na lista oficial das espécies brasileiras ameaçadas de extinção
(IBAMA), em razão da sua intensa exploração comercial destinada à jardinagem e
floricultura. Sua exploração decorre pela matéria prima retirada do tronco usado
como decoração, suporte, substrato para as mais diversas plantas epífitas, como
orquídeas, bromélias e outras samambaias. Devido ao crescimento lento do
samambaiaçu (4 à 8 cm por ano) são utilizadas muitas espécies desta bela planta
ainda jovens, pois para um vaso de 50cm de diâmetro, é necessário um
samambaiaçu com cerca de 50 anos.
No
ano 2000, o IBAMA criou o Grupo Técnico de Conservação de Pteridófilas, com a
participação de especialistas do governo e das universidades federais de Santa
Catarina e do Rio Grande do Sul. A principal meta era estabelecer formas
sustentáveis de exploração da espécie.
Desde
24 de maio de 2001, o CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente), criou a
resolução n. 278, que determina em seu Artigo 1 a proibição do corte e
exploração dessa espécie ameaçada de extinção em populações naturais do bioma
Mata Atlântica.
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